quinta-feira, 8 de abril de 2010

SOZÍNHO ENTRE A MULTIDÃO



Estou sozinho
No meio da multidão.
Grito, ninguém me ouve,
Ninguém ma dá a mão!

Se todos somos irmãos,
Porque não damos as mãos?
Eu grito, ninguém me ouve.
Eu, eu não tenho irmão!

A água do rio me atrai,
A altura da ponte também.
Se eu gritar um forte ai,
Será que isso me faz bem?

Não, não, já gritei
Ninguém, ninguém me ouviu.
De que vale o meu forte ai
Se ele me foge no ar e se esvai!

Desisto, quero norrer,
Meu viver não é viver.
São tantos os problemos
Como os vou resolver!

Irmãos, que não me deram as mãos,
Vou à ponte olhar o rio
Vou entregar-me a ele tremendo,
Tremendo como quem tem frio!

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